Perigos do silicone: descubra os riscos reais e como prevenir problemas na cirurgia estética mais procurada do mundo
Diversas celebridades como Manu Gavassi, Rafa Brites e Carolina Dieckmann integram a lista das mulheres que fizeram explante. Membro da SBCP, Dr. Luiz Haroldo Pereira desmistifica dados que podem assustar e revela o que fazer para evitar complicações.
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Recentemente, a associação de vítimas de próteses mamárias afirmou que pelo menos 30 mil mulheres em todo o Brasil já tiveram problemas com próteses de silicone nos seios. O número pode alarmar quem sonha com seios maiores ou planeja algum tipo de cirurgia reparadora, ainda mais com a crescente lista de celebridades que optaram pelo explante. Mas para quem ainda quer ter seios maiores, pode respirar aliviada. Ex-presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Luiz Haroldo Pereira explica os riscos reais e desmistifica a questão.
“Os implantes de silicone são usados há mais de 50 anos, tanto no ponto de vista estético como em cirurgias reparadoras pós-câncer. É um procedimento que se atualiza constantemente e já se mostrou altamente seguro para pacientes qualificados. Lembrando que problemas podem acontecer com qualquer corpo estranho, como uma prótese de quadril ou joelhos, por exemplo, não sendo exclusividade de cirurgias estéticas”.
Famosas que optaram pelo explante: é necessário? Manu Gavassi, Carolina Dieckmann, Fiorella Mattheis e recentemente a apresentadora Rafa Brites são algumas das celebridades que retiraram suas próteses de silicone. Entretanto, o médico afirma que a atitude não pode ser levada como um modismo e deve ser restrita a casos com indicação médica ou por vontade da paciente devidamente informada sobre as consequências estéticas da retirada.
“Até certo ponto, é uma ‘desinfluência’ esse modismo de explantes em pacientes que não tinham nenhum problema, porque além de gerar uma onda de medo, expõe a paciente a uma nova cirurgia sem necessidade. Além disso, pacientes que relatam sintomas da síndrome ASIA, por exemplo, que apelidaram de ‘doença do silicone’, e optam por retirar a prótese, na maioria das vezes voltar a ter os sintomas após 8 ou 10 meses, mostrando que não havia ligação entre o quadro e o silicone”.
A famosa “doença do silicone” trata-se na verdade de uma síndrome autoimune que uma pessoa pode desenvolver ao tomar vacinas, por exemplo, ou outros procedimentos. A condição vem sendo amplamente discutida em congressos de medicina, segundo o cirurgião, até o momento nada comprova a ligação direta entre as próteses de mama e os sintomas.
Problemas reais
Apesar de ser um dos procedimentos mais seguros, o médico alerta sobre os problemas reais que podem acontecer com a colocação de próteses de silicone.”A colocação de qualquer corpo estranho pode sim causar algum problema, mesmo que as chances sejam poucas. É possível que em 10 ou 20 anos, seja necessário trocar a prótese, já que o organismo pode reagir contra”.
Outra questão bem divulgada é a contratura capsular que consiste no endurecimento da região mamária, quando o corpo faz uma espécie de isolamento da prótese, causando desconforto e assimetria. “Atualmente, algumas fabricantes dão inclusive garantias para a troca nesse caso, uma vez que o material vem melhorando cada vez mais e a ocorrência desse endurecimento ao redor das próteses é cada vez menor”.
Os seromas também podem acontecer em qualquer cirurgia, apesar de pouco comuns. Consistem no acúmulo excessivo de líquidos próximo à cicatriz, causando uma inflamação.
Como evitar
De acordo com o médico, é possível evitar ao máximo esses problemas. “A grande questão é que alguns médicos começaram a fazer cirurgias em larga escala, com baixo custo, chegando a 10, 20 cirurgias por dia. Por isso, não tomam os devidos cuidados de analisar se o paciente tem alguma patologia, alguma doença autoimune que contraindicaria a prótese”.
Então o segredo é escolher um cirurgião de confiança, fazer todos os exames pré-operatórios e seguir as indicações do pós-operatório. “Caso sinta algum desconforto além do normal, como dores fortes, sangramentos atípicos, febre, secreções, enrijecimento, vermelhidão ou qualquer sintoma que fuja ao que foi alertado pelo cirurgião, mesmo que já tenha passado anos do seu procedimento, é necessário procurar imediatamente um médico. Além disso, mantenha seus exames de rotina em dia”, afirma Dr. Luiz Haroldo.
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