Dossiê sofás: como definir o móvel certo no décor dos ambientes?
Na reforma de um projeto, será que é necessário deixar de lado a peça antiga para comprar um novo? Com um estilo atemporal, as arquitetas do Studio Tan-gram orientam sobre a escolha do móvel e quando vale a pena investir e dar vida nova
Longevos e versáteis, os sofás são queridinhos do décor, modificando espaços e podendo ser incluídos em diversos ambientes. Além disso, eles são capazes de proporcionar momentos de relaxamento e de descanso. No projeto realizado pelo Studio Tan-Gram, o formato em ‘L’ define a sala de estar dentro da área social do apto integrado | FOTO: Estúdio São Paulo
É praticamente impossível imaginar um imóvel sem um sofá, principalmente quando pensamos em uma sala de estar ou sala de TV. Além do conforto que oferece aos moradores, o sofá se tornou um item de decoração e parte fundamental na composição do décor de um projeto! Para tanto, é importante encontrar maneiras efetivas de inseri-lo na arquitetura de interiores, tanto para extrair o máximo de seu conforto como deixar o lar ainda mais exuberante. Experientes, as arquitetas do Studio Tan-Gram, Claudia Yamada e Monike Lafuente, destrincharam a utilização do móvel desde o primeiro passo a ser tomado: a escolha do modelo.
“A decisão está totalmente ligada ao tipo de uso e o estilo que o cliente gosta e quer”, esclarece Monike. Para a sala de estar o sofá costuma ser fixo (não ser retrátil) e mais firme para o bem-estar de quem está sentado. Por outro lado, uma sala de TV pede um modelo mais macio, mais descontraído, e em alguns casos com regulagens para o encosto e para o assento. “Todos esses aspectos precisam estar ligados à impressão que o sofá causará no ambiente”, relativiza.
Outra dica que parece simples, mas que muitas pessoas não se atentam e acabam deixando se levar só pelas fotos do móvel, é experimentar! “Não podemos abrir mão de testar o sofá na loja! Esse cuidado evita surpresas posteriores, pois não dá para realizar a compra com base apenas na aparência”, indica Claudia.
Sofás fora da sala
Graças a sua praticidade e funcionalidade, o móvel pode ser incorporado em outros ambientes da casa, que não são necessariamente a sala de estar. Ele pode ser inserido em uma área gourmet, uma varanda e até aos pé da cama, em um dormitório mais espaçoso, para auxiliar na troca de roupa e no calçar dos sapatos.
“Nós adoramos colocar sofá e futon em escritório”, revela Claudia Yamada sobre outro local ideal para os sofás. “Muitos ainda se transformam em cama, podendo ser usado por hóspedes e garantir a funcionalidade do cômodo”, comenta a arquiteta sobre uma maneira de unir a sobriedade do escritório com o aconchego do sofá. | FOTO:
Internos vs. Externos: os materiais indicados para cada sofá
Uma maneira de inovar com o móvel é colocá-lo em ambiente externos, oxigenando seu uso e favorecendo o conforto nesses espaços ao ar livre como em terraços, jardins, áreas gourmet, área da piscina, varandas e muitos outros. Porém, alguns cuidados são valiosíssimos, como salienta Monike: “Pensando em sofás externos, que pegam chuva e sol, os tecidos precisam ser super-resistentes, como o Acquablock, que bloqueia a água”. Outra recomendação é evitar sofás de madeira nas áreas externas, pois o material natural é danificado com facilidade.
Já para sofás internos, um revestimento fortemente recomentado por profissionais é o Suede, por conta de sua resistência, resistindo inclusive pra quem tem gatinhos. Já o linho é de aparência extremamente sofisticada e atemporal. E, quando o assunto é tendências, uma das últimas modas em sofás é o uso do tecido boucle, que é bastante macio. “Ele não é com uma trama fechada e pode puxar pelinhos, mas é o tecido do momento”, destaca Monike.
Reformar ou comprar um novo?
Muitas dúvidas surgem quando o assunto é reforma do sofá: vale a pena investir para dar vida nova à peça? Pensando no décor em si, é uma boa ideia manter o existente ou é melhor substituir para não parecer velho? O mais usual, quando o assunto é reforma, é a troca do tecido do sofá, mantendo a estrutura e o estofado para adequar o visual com as cores e as estampas em voga. “Se a estrutura do móvel está perfeita, é interessante analisar qual o custo dessa nova roupagem. Em vias de regra, é sempre interessante considerar o upcycling como um pensamento sustentável de não descartar tanto lixo no meio ambiente”, avalia Claudia.
Por isso, é sempre válido conversar com profissionais especializados, conhecidos no mercado como tapeceiro ou estofador, para solicitar um orçamento e averiguar se a espuma e a estrutura da peça serão capazes de suportar o processo de modificação. “A hora certa de reformar é quando o móvel não está mais condizente com o ambiente, quando o proprietário cansou, o tecido está rasgado ou com o estofado afundando”, ressaltam as profissionais.
As profissionais possuem experiência quando o assunto é reformar o móvel, já que o sofá da mãe da Claudia sofreu alguns processos. “Decidimos ressignificar a peça e dar uma cor singular única para ele. O Ultrasuede roxo vibrante valeu o investimento”, conclui a arquiteta que cuidou pessoalmente do projeto, reafirmando a importância de analisar o valor de uma reforma e se o preço do procedimento vale um móvel novo. Após a troca do tecido antigo, a sala ganhou um novo contorno. | Foto: Nathalie Artaxo
Depois de alguns anos, a mãe de Claudia quis dar um Up na sala e, com a reforma no espaço, o móvel ganhou complementos, criando um décor totalmente novo e com a permanência do tom vibrante do roxo. | Foto: Luis Gomes
O mesmo pode acontecer, com as poltronas e as chaises. Na peça para amamentação desse quartinho de bebê, o Studio Tan-Gram reutilizou uma peça que já fazia parte da família. O caminho foi adotar um tecido lavável, deixando tudo mais prático para o dia a dia com a bebê recém-nascida. | FOTO: Estúdio São Paulo
Composições na prática
Confira alguns dos projetos protagonizados por sofás e executados pelas arquitetas do Studio Tan-Gram e verifique, como funcionam todas as dicas citadas, na prática.
O formato arrojado moldou os ambientes deste projeto, tornando o sofá responsável pela demarcação da sala de estar dentro da área social integrada. | FOTO: Estúdio São Paulo
Os clientes queriam que o sofá adequado para assistir filmes, por isso o modelo possui um encosto de cabeça retrátil. Além disso, o cinza foi uma base coringa para combinar com os demais elementos do projeto. | FOTO: Estúdio São Paulo
O modelo desse sofá foi escolhido a dedo pela Claudia para seu apartamento. O modelo é uma mescla eficiente entre o confortável e o moderno, com um tecido mais resistente para que os pets da casa não danificassem o móvel com as patinhas. | FOTO: Estúdio São Paulo
Muito modelos são feitos em tricoline.
Com design diferenciado, não possuindo braço em um dos lados, e um puff solto, o sofá é um convite para quem está na sala de jantar. | FOTO: Estúdio São Paulo
A varanda integrada deste apartamento ganhou um novo espaço de estar com um sofá aconchegante rodeado por itens como pufes, poltronas, tapetes e plantinhas. | FOTO: Estúdio São Paulo
Em um apartamento compacto, no estilo estúdio, as arquitetas optaram em deixar o sofá na varanda integrada, liberando mais espaço para a sala de jantar. Além disso, o modelo do móvel é um sofá-cama, oferecendo mais possibilidades para receber visitas e hóspedes. | FOTO: Nathalie Artaxo
É possível também reformar o seu sofá, mudar a cor, tecido e na malha pv você encontra o que precisa.
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Sobre Studio Tan-Gram
Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças geométricas capazes de formar até 5 mil formas diferentes. Inspirado nesta pluralidade, versatilidade e criatividade surgiu o nome do escritório, liderado pelas arquitetas Monike Lafuente e Claudia Yamada. A arquitetura que concebem e acreditam se estrutura na multiplicidade de soluções, adaptabilidade ao usuário-espaço e renovação de conhecimento contínua. São espaços desenvolvidos para o ser humano e, portanto, cada desafio traz uma solução individual.
Av. Onze de Junho, n 1070 – Cj. 609 – Vila Clementino, São Paulo – SP, 04041-004
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Dezembro/ 2022
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