Adoçantes artificiais x naturais: quais as diferenças e riscos?

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Nutróloga alerta para os riscos do consumo excessivo de adoçantes e aponta alternativas mais saudáveis

Os adoçantes artificiais são populares entre aqueles que desejam reduzir o consumo de açúcar, seja por questões de saúde ou estética. No entanto, muitos desses adoçantes podem representar riscos para a saúde se consumidos em excesso, segundo a nutróloga e geriatra Mariana Carvalho.

“Os adoçantes artificiais são compostos químicos que podem ser prejudiciais ao organismo se consumidos em excesso. Eles podem causar irritação no estômago, diarreia e até mesmo problemas renais a longo prazo”, alerta a especialista.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável por aprovar e regularizar a comercialização de adoçantes artificiais. Todos passam por estudos científicos e os que são encontrados nos mercados são considerados seguros em doses moderadas. “O uso excessivo pode levar a um desequilíbrio na flora intestinal e a alterações no metabolismo”, explica Mariana.

Entre os adoçantes artificiais mais comuns, estão o aspartame, a sucralose, a maltodextrose, a sacarina, o ciclamato e o acessulfame-K. Cada um desses adoçantes possui suas próprias características e propriedades, mas todos têm em comum o fato de serem produtos químicos criados em laboratório.

Por outro lado, os adoçantes naturais são derivados de plantas ou outras fontes naturais, como o açúcar de coco, o mel, o açúcar mascavo e o xarope de bordo. “A principal vantagem dos adoçantes naturais é que eles são menos processados e, portanto, contêm menos aditivos químicos. Eles também são ricos em vitaminas e minerais, o que pode trazer benefícios à saúde”, explica a nutróloga.

No entanto, é importante lembrar que mesmo os adoçantes naturais devem ser consumidos com moderação, pois podem ser ricos em calorias e açúcares. “Embora sejam considerados mais saudáveis, é importante lembrar que eles ainda devem ser usados com parcimônia. O excesso de açúcar, mesmo o natural, pode levar ao ganho de peso, resistência a insulina e outros problemas de saúde”, afirma Mariana.

Além disso, é preciso observar outras variáveis, como nível de açúcar e índice glicêmico.

“De uma maneira geral, as pessoas imaginam que qualquer outro adoçante é melhor do que o açúcar, mas esse não é sempre o caso. A maltodextrina, por exemplo, precisa ser usada em grande quantidade, por adoçar de maneira muito ruim e, para piorar, é bastante calórica”, diz.

Entre os adoçantes naturais mais populares estão o xilitol, o eritritol, a estévia e o açúcar de coco. A estévia é um adoçante extraído de uma planta e é considerado cerca de 300 vezes mais doce que o açúcar. O açúcar de coco tem a mesma carga glicêmica da sacarose (açúcar de mesa), 4 calorias por grama. O xilitol e o eritritol são adoçantes derivados de frutas e vegetais que são menos calóricos do que o açúcar e têm baixo índice glicêmico. “Mas, mesmo o xylitol, que virou moda e tem sido utilizado como um substituto do açúcar, embora seja considerado seguro, o uso excessivo pode levar a problemas gastrointestinais, como inchaço, gases e diarreia”, diz Mariana.

Segundo a especialista, é importante lembrar que tanto os adoçantes artificiais quanto os naturais têm suas vantagens e desvantagens. “O importante é usá-los com moderação e sempre procurar a orientação de um profissional de saúde antes de fazer qualquer mudança significativa em sua dieta”, conclui.

Sobre Mariana Carvalho

Formada em Medicina pelo Centro Universitario do Estado do Pará (2015). Residência em Clínica Médica Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto (2018) e Geriatria pela Universidade Federal do Piauí (2022). Pós graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN (2019) e Adequação Nutricional e Manutenção da Homeostase
Prevenção e Tratamento de Doenças relacionadas à Idade pelo Centro Universitário Uningá (2021). Pós graduanda em Medicina e Nutrição aplicadas à Saúde da Mulher e Fertilidade. Atualmente trabalha como Geriatra e Nutróloga em São Paulo na clínica Maria Fernanda Tembra e em Teresina – PI no Instituo Performance e saúde. https://dramarianacarvalho.com.br

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Nice Castro

nice@circularcomunicacao.com

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